Disneyland: o parque original de Walt Disney

É muito comum falar da Disneyland, em Anaheim, na Califórnia, fazendo comparação com o Magic Kingdom de Orlando, na Flórida. O “primo” mais famoso da costa leste dos Estados Unidos é referência para turistas do mundo todo quando se fala em Disney, mesmo inaugurado depois da Disneyland. Vamos seguir essa tendência de comparação aqui.

Mas antes de entrarmos nas diferenças entre os dois parques, é preciso dizer que ambos estão localizados dentro de complexos de diversão e compras. O Disneyland faz parte do Disneyland Resort, que conta ainda com o Downtown Disney e o California Adventure. Já o Magic Kingdom está inserido no Walt Disney World Resort, onde existem mais três parques temáticos e dois aquáticos, além de um Downtown Disney também.

Logo no acesso aos parques de Anaheim aparece uma das principais vantagens: a facilidade de circular de um para o outro, graças a um ingresso chamado “park hopper”. As entradas ficam em frente a uma praça comum entre eles, cuja distância pode ser facilmente percorrida a pé. Bem diferente das grandes distâncias em Orlando.

Acabou de chegar à praça pela entrada principal do complexo? Vamos virar à direita para conhecer a Disneyland. Basta continuar abaixo!

Tradição

Tudo lá evoca o passado e a tradição. O parque cumpre bem a expectativa que se tem dele de ser o parque “original”, aquele que Walt Disney idealizou e conheceu. Ele estava lá para vê-lo iniciar o funcionamento e fez os ajustes necessários após o fatídico dia de inauguração, quando o parque não conseguiu suportar a grande quantidade de visitantes. Existe uma relação muito próxima entre criador e criatura.

O jardim com o rosto do Mickey já nos dá uma boa noção. O rosto do rato mais famoso do mundo tem um desenho menos elaborado, como se fosse uma versão a ser desenvolvida.

No início da Main Street, a área da entrada do parque, já dá para sentir a presença de Walt Disney. No apartamento que ele ocupava quando visitava o parque, e que inclusive pode ser visitado num dos Vip Tours oferecidos no local, está acesa a luz de um abajur ao lado da janela, representando o visionário criador. Não tem como não se emocionar com aquela luz, ligada em todos os momentos, nos “abençoando” no início da visita e nos “dando adeus” na saída.

Várias outras imagens do parque, mesmo que semelhantes às de Orlando, parecem ganhar significado extra, como a estátua do criador com Mickey.

O castelo

Andando pela Main Street, a essa altura você já vai ter percebido o que mais choca as pessoas na Disneyland: o castelo da Bela Adormecida é bem menor que o da Cinderela. Mas isso de jeito nenhum tira sua beleza. Ele fica até mais integrado com o parque, sem falar que, ao contrário do outro, que é apenas uma passagem, neste você pode efetivamente entrar, e percorrer cenas que contam a história da princessa, num incrível jogo de sons, imagens e luzes.

 

Atrações e áreas

Seguindo para a área da Adventureland, uma das gratas diferenças entre os dois parques: enquanto em Orlando o aventureiro Indiana Jones estrela um show, que nem todos gostam, em Anaheim o personagem conhecido pela atuação de Harrison Ford dá nome a uma atração em que um jipe circula por diversos perigos e enfrenta a ira da deusa Mara. Vários solavancos, subidas e descidas nos levam por um cenário incrível que reproduz um templo, o chamado Temple of the Forbidden Eye, que dá nome ao brinquedo. A fila é um show à parte, cheia de referências à aventura.

Outra área que torna a Disneyland toda especial é a New Orleans Square, o equivalente à Liberty Square do Magic Kingdom. O local reproduz fielmente os detalhes da cidade, com suas casas com varandas e restaurantes típicos, como o Blue Bayou e Café Orleans. É nesta área que estão a Haunted Mansion, com fachada diferente, e o Pirates of the Caribbean, cujo passeio é mais emocionante e longo que seu similar da Flórida. Sem falar que passa por dentro do Blue Bayou, em uma linda iluminação de penumbra.

Já a área Fantasyland também reserva outras surpresas, por exemplo, o fato de ter uma das poucas atrações que está lá desde o dia da inauguração: Mr. Toad Wild Ride. É uma viagem maluca baseada no filme da Disney “As Aventuras de Ichabod e Sr. Sapo” (The Adventures of Ichabod and Mr. Toad ), que por sua vez veio do livro O Vento nos Salgueiros (The Wind in the Willows). É um agitado mas inocente passeio de uma atração que sofreu algumas atualizações, mas ainda conserva um jeitão de brinquedo antigo.

Vale mencionar outras diferenças, como a altura do Astro Orbit, na Tomorrowland, mais baixo que o da Flórida, e o Jungle Cruise, na Adventureland, mais emocionante e com direito a ataque de piranhas!

E a existência da montanha russa Mattlehorn, uma espécie de precursora da Expedition Everest, só que bem menos emocionante.

 Quando estiver por lá, não perca o incrível e recente show Mickey and The Magical Map, no Fantasyland Theatre, que nos leva a uma jornada por alguns dos mais famosos filmes da Disney, misturando animação, dançarinos e personagens.

Principalmente se estiver com crianças pequenas, reserve um bom tempo para desfrutar da área Mickey´s Toontown.

Colorida e muita divertida, a Toontown é quase um parque à parte, com as casas do Mickey, Pateta, Minnie e Tico e Teço, além da montanha russa do Pateta. É mais uma atração “exclusiva” da Califórnia (ok, também está na Tokyo Disneyland...).

 

 

Destaque principal para o Roger Rabbit's Car Toon Spin, com personagens e cenas do filme “Uma cilada para Roger Rabbit”, que inclusive motivou o nome Toontown.

O público

O que as pessoas que conhecem ambos os parques falam, e com razão, é que a Disneyland é essencialmente um parque local, que os americanos freqüentam em suas férias ou pequenas viagens de folga. Além disso, a “entrega” da administração do parque em agradar seus freqüentadores nos pareceu menor do que em Orlando. Um bom exemplo disso é que não há shows de fogos durante a semana. Apenas no sábado e domingo, ou ocasiões especiais como a festa de Halloween. Isso seria impensável em Orlando, em que o show de fogos é parte fundamental do encerramento de todos os dias no parque.

Mesmo assim, e talvez até por isso, a Disneyland se torna um parque único, que não aceita comparações, apesar de inevitáveis. Tem a sua própria mágica e, assim como em qualquer ambiente da Disney, te faz voltar a ser criança. Esse é de fato o objetivo de todos os empreendimentos da Disney, como bem me disse um dos funcionários que ficam nas roletas de entrada do parque. Quando, assim que entrei, de brincadeira mencionei que gostaria de ser criança para aproveitar mais o parque, ele me respondeu: “Agora você é”.
 

E você, conhece Disneyland e Magic Kingdom? Qual você prefere? Se não conhece os dois, qual tem mais vontade de visitar?

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Para entender os diferentes tipos de ingressos para os parques de Orlando, veja este post